De volta aos campos pequenos da cidade.
Era para ser mais um sábado com o tradicional ritual de jogos do Juventus: chegar duas horas antes da partida, ir à tradicional esfiharia perto do estádio, sair de lá meia hora antes do jogo começar, comprar ingresso, sentar na arquibancada e esperar 15 minutos até o início do jogo.
Até o momento "meia hora antes do jogo" tudo corria como sempre. Mas ao me aproximar das bilheterias, percebi o peso de um jogo da primeira divisão. Nunca havia visto tantos carros de emissoras de rádio e TV estacionados em frente ao estádio. EPTV de Campinas, Sportv provavelmente transmitindo o jogo em pay-per-view. Reportagem de todas as emissoras que costumam transmitir futebol também.
Então, fila para comprar ingresso e presença da cambistas e ambulantes, coisa que não existia na Série A-2 de 2005. Isso porque era a final do campeonato, com transmissão pela ESPN Brasil. Também não tinha na Série C do Brasileiro 2006.
Mais fila, agora para ser revistado e entrar no estádio, pela primeira vez com catraca eletrônica e ingressos magnéticos. Outra aglomeração de gente no acesso às arquibancadas. Que por sua vez foram reformadas e receberam novas cadeiras e estavam tomadas de gente.
O primeiro tempo, que já havia começado há cinco minutos teve que ser em pé mesmo. Terminou zero a zero. No intervalo, na busca de sombra e um lugar sentado, o destino foi a arquibancada atrás de um dos gols. Local onde se posiciona a organizada Ju-Jovem.
Alguns dos momentos mais engraçados de jogos de futebol se passaram ali. Principalmente porque o Juventus atacou para aquele lado e os ouvidos do goleiro Aranha da Ponte foram massacrados.
O Moleque Travesso abriu o placar com um bonito gol de Léo Mineiro, aos 20 minutos, após boa troca de passes e um giro sobre o marcador para chutar forte e no ângulo.
Cerca de 15 minutos depois, pênalti para a Ponte Preta, batido com perfeição por Finazzi. Mas um jogador da Ponte invadiu a área e, já com cartão amarelo e depois de reclamar, foi expulso. Finazzi repetiu a cobrança, dessa vez sem nenhuma irregularidade, mas chutou na trave e no rebote, a bola voltou para o próprio Finazzi, o que fez o árbitro interromper o lance.
A Macaca pressionou muito nos minutos finais, o que levou a uma jogada mais forte de um jogador do Juventus e ao cartão vermelho. A combinação de atrasos no início do primeiro e segundo tempo, mais intermináveis acréscimos, fez com que o jogo acabasse depois das 18h.
O Juventus venceu em casa, com pênalti perdido pela estrela dos adversários. No mundo dos times pequenos, isso é muita coisa.