sábado, setembro 05, 2009

A morte do Projeto Intercâmbio

Tudo começou com uma viagem para o Rio de Janeiro e um jogo no Maracanã. Depois alguém não-corintiano disse que seria legal ir num jogo para ver o Ronaldo jogar.

Em outra parte da história, cada um defendia ferrenhamente porque assistir um jogo no estádio de seu time era mais legal que na casa do adversário.

Alguém sugeriu um intercâmbio. Palmeirenses levariam são-paulinos e corintianos no Parque Antartica; sã0-paulinos levariam corintianos e palmeirenses ao Morumbi; corintianos levariam palmeirenses e são-paulinos no Pacaembu. Tinha até brecha para o Santos.

Hoje haverá uma boa oportunidade para o pontapé inicial do projeto, mas ela não será usada. Palmeiras e Barueri jogam no Parque, com direito a reestreia de Vágner Love. Mas ela não será usada.

O que era uma boa intenção virou motivo de picuinha. Um acusa o outro de que depois da primeira partida os outros se recusariam a continuar. Quem tinha que ir no Palestra hoje dizia que não ia aguentar se o Barueri marcasse um gol.

Parece até que assistir o jogo no estádio do outro vai te deixar menos torcedor do seu próprio time. Na televisão pode e não vai fazer o mesmo efeito.

Ninguém mais vai apresentar os rituais de ver seu time em campo.

Quem sabe o Projeto Intercâmbio funcione com com jogos do Juventus ou da Portuguesa.

sábado, agosto 01, 2009

O novo rei de Roma

Um ano depois de emocionar o Brasil ao se debulhar em lágrimas no pódio, como medalha de ouro da prova de 50 metros da Olimpíada de Pequim, César Cielo provou que não era uma zebra das piscinas. Durante esta semana, ganhou duas medalhas de ouro no mundial de esportes aquáticos, em Roma, na Itália.

Quinta-feira (30), Cielo venceu a prova em que ganhou bronze em Pequim, os 100 metros, com direito a recorde mundial. Hoje (1) foi a vez de repetir a medalha de ouro, desta vez sem recorde.

Hoje temos um atleta na elite de um esporte que não é o futebol. Poucos fizeram isso, nem mesmo seus colegas de natação que um dia foram tão festejados por aqui, como Gustavo Borges ou Fernando Scherer. Recentemente, o último atleta que atingiu esse patamar foi Gustavo Kuerten, no tênis.

A torcida brasileira não pode esperar que Cielo seja um Michael Phelps, pois ele é um velocista, não é um nadador de quatro estilos. Cabe à Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) aproveitar o momento em evidência e conquistar adeptos para o esporte. Coisa que a Confederação Brasileira de Tênis (CBT) foi incapaz de fazer.

domingo, julho 26, 2009

Nosso antigo técnico

Depois de alguma enrolação e diversas especulações, Muricy Ramalho assinou contrato com o Palmeiras e assume o time amanhã.

Admito, vai ser estranho ver o Muricy dirigindo outro time daqui de São Paulo. Não era tão esquisito quando ele treinava o Internacional. Mas tudo bem, futebol é assim mesmo.

Assim como eu afirmei no post sobre Ricardo Gomes, eu não acho o Muricy um mau técnico, mas estava desgastado no São Paulo, talvez tenha sido melhor para os dois.

Mas não desejo boa sorte, agora ele é um rival.

quinta-feira, julho 02, 2009

Dunga não é Zagallo

Mas vamos ter que engolir.

No último domingo a selecinha conseguiu uma virada impressionante sobre os Estados Unidos e sagrou-se bicampeão da Copa das Confederações. Depois de sair perdendo por 2 a 0, no primeiro tempo, conseguiu marcar três no segundo.

Não que os Estados Unidos sejam um ótimo time. Já foram piores. E no primeiro tempo foram competentes para segurar a defesa e fazer dois ótimos contra-ataques que resultaram em gols.

No segundo tempo, o Brasil se transformou e conseguiu o que pouca gente esperava. Eu realmente não acho que Dunga foi o responsável pela mudança. Talvez tenha dado uns berros e os jogadores acordaram. Mudança tática, nem a pau.

Mas, no fim das contas, é verdade o que se diz: o time tem um padrão de jogo. Burocrático, dependente de uns lampejos de Kaká, Luís Fabiano e Daniel Alves (que deveria ser o dono da lateral-direita). Já a defesa, ainda tem falhas. Na balança, é um time confiável.

Ou seja, teremos Dunga na Copa do Mundo ano que vem. Isso porque em nenhum momento a seleção teve sua classificação nas Eliminatórias ameaçada, apesar de só agora estarmos na liderança.

Em dezembro de 1997 aconteceu coisa parecida, com Zagallo, que também era contestado e ganhou uma partida amistosa contra a África do Sul. O memorável jogo do aviãozinho e da célebre frase: "Vocês vão ter que me engolir!". No fim daquele mês, o Brasil venceria a mesma Copa das Confederações.

Na Copa do Mundo do ano seguinte, o Brasil chegou à final e perdeu para a França quando todos confiavam na vitória. Em 2005 o Brasil também ganhou esta Copa das Confederações, com um time que jogou muito um ano antes do que devia, mas que não jogou absolutamente nada durante a Copa do Mundo e a derrota para a mesma França nas quartas-de-final (ou em qualquer momento, para qualquer time) era esperada, com um Carlos Alberto Parreira frouxo na direção do time.

A seleção de hoje é muito menos badalada, mais parecida com a de 1998. E por não se iludir muito, é possível que faça uma campanha, senão melhor, mais digna na Copa do Mundo do ano que vem.

sábado, junho 20, 2009

Nosso novo técnico

Um dia depois da derrota para o Cruzeiro e a eliminação da Libertadores da América, o São Paulo demitiu seu técnico de três anos e meio e três Campeonatos Brasileiros consecutivos, Muricy Ramalho.

Não que Muricy seja um técnico ruim, muito pelo contrário. Mas não dá pra depender de um time que só engrene no segundo semestre. A relação estava desgastada, o negócio é partir para outra. O problema foi a pressa.

Milton Cruz, auxiliar técnico que comanda o time no clássico de amanhã contra o Corinthians tinha plenas condiçoes de ficar algum tempo no time, fazer um trabalho bom como fez Marcelo Rospide no Grêmio até o anúncio de um grande nome como Paulo Autuori.

Em questão de 12 horas o São Paulo demitiu Muricy e anunciou Ricardo Gomes. Definitivamente não esperava por esse nome. No carro, voltando do estádio, já especulava nomes com um amigo. Abel Braga e Dorival Júnior eram meus preferidos. O retorno de Cuca uma possibilidade, Ney Franco nem seria tão absurdo. Isso antes até da demissão.

Então a demissão é anunciada. Fala-se em um Abel, em Raí. Raí seria uma solução à Guardiola, Rijkaard, Klinsmann, mas não acho que seria uma aposta certa. Minha impressão é que Raí tá mais afim é de balada.

Então Ricardo Gomes é anunciado. Um técnico que nunca teve um grande trabalho. Que treinou times menores, como Juventude e Vitória, grandes como Fluminense e Flamengo, e até a seleção brasileira olímpica. Na França, país que os times não tem qualquer aspiração internacional, treinou Paris Saint-Germain, Bordeaux e por último o Monaco. Depois que Gomes saiu, o Bordeaux foi campeão francês (digo isso sem saber o quanto e se o elenco do Bordeaux melhorou em duas temporadas).

O negócio é que nosso novo técnico é uma aposta. Nosso elenco também precisa de um chacoalhão. O ano não deverá ser fácil.

Morumbi

Vidinha até que chata essa de ir no Maracanã domingo, no Morumbi quinta-feira... O problema foi o resultado.

O negócio é mais ou menos assim: para chegar ao Morumbi eu não me perco. Além disso, ao subir a rampa da arquibancada azul o grito de apoio ao São Paulo é muito mais emocionante. O problema foi dentro do estádio.

Chegar tarde é garantia de passar perrengue e não ver o jogo direito. O jogo já tinha até começado, inclusive. O problema da torcida do São Paulo é que se o time não age, a torcida não reage.

O São Paulo não fez jus a passar para a semi-final. O goleiro Fábio não teve sua meta ameaçada, a maior posse de bola não se traduziu em volume de jogo, em oportunidades criadas. O problema é que o São Paulo se tornou um time previsível.

Toda a superioridade são-paulina foi por água abaixo quando teve o volante Eduardo Costa expulso ainda no primeiro tempo com o segundo cartão amarelo. Precisando da vitória, Muricy Ramalho volta com Hernanes no lugar de Junior César e Dagoberto no lugar de Washington. Muricy devia sentir que sua batata estava assando, porque não costuma fazer substituições no intervalo. O problema é que elas foram feitas no desespero.

Não tenho idéia se a formação já havia sido treinada, mas parecia que não. Marlos, que foi o único q se salvou no primeiro tempo, continuou bem. Dagoberto fez o de costume: colocou velocidade no jogo, animou a torcida, driblou, perdeu bolas, chutou errado. O problema era o vazio no meio de campo.

O Cruzeiro estava na dele, prendia a bola. A marcação do São Paulo era preguiçosa. Tanto que permitiu o chute, no ângulo, de Henrique, para fazer 1 a 0 para os mineiros. Na tentativa desesperada de marcar, Muricy coloca André Lima no lugar de Zé Luís. A transição entre defesa e ataque fica ainda pior. Hernanes entrou e só errou. Jorge Wagner estava no banco. Algum cruzamento ele ia fazer melhor que Hernanes.

O São Paulo sofria com os contra-ataques, tanto que em um deles André Dias interceptou um chute com a mão, também foi expulso, Kléber marcou 2 a 0. A partir daí o São Paulo jogou como time pequeno.

Na entrevista coletiva Muricy disse que o time estava abatido após a derrota. A verdade é que estava abatido já em campo. Aliás, abatido não é a palavra certa. Preguiçosos, desmotivados, desarrumados, talvez. Se quisessem estar felizes no vestiário deveriam ter feito por onde em campo.

O acesso ao Morumbi é, realmente, uma porcaria. Depois de assistir um anti-espetáculo, mais uma hora até chegar na Francisco Morato. Chegar em casa 2h da manhã não é legal. Mas eu preferi passar todo o perrengue (que incluiu ingressos suspeitos comprados com cambista) e me dar a chance de ver o time ganhar, apesar do que parecia ser o contrário. Agora é o começo de um novo ciclo.

segunda-feira, junho 15, 2009

Maracanã

Ontem, depois de quatro dias a Liga Loser fez a última parada carioca no Maracanã. Era o primeiro jogo no maior do mundo de cinco dos sete amigos viajaram para o Rio de Janeiro. O jogo foi um chocho Fluminense 0 x 0 Grêmio. Mas o jogo não era o mais importante, o importante era o estádio.

Os sucessivos erros no caminho para o estádio estressaram, mas na hora de subir a rampa do Maraca já estava tudo certo. Longe de ter arquibancadas lotadas (público de 17 mil pessoas), mas a torcida do Flu cantou quase o tempo todo.

O momento mais impressioante foi quando a torcida descobriu Thiago Silva em um dos camarotes. Quase todo mundo correu para lá e cantou durante os 15 minutos do intervalo, em veneração ao ex-zagueiro.

O Maracanã é lindo, mas eu fui lá e não gritei gol. Valeu conhecer, mas infelizmente eu estava me sentindo vendo um jogo de um time que não é o meu (o que era a pura verdade), por mais que eu tivesse tentado me envolver com o clima. Não troco nosso Morumbi nem por dois Maracanãs.

terça-feira, junho 09, 2009

O novo emprego de Felipão

O técnico Luiz Felipe Scolari, ídolo das torcidas do Grêmio e Palmeiras e de todos os brasileiros, arrumou um novo emprego. Depois de sair escorraçado do Chelsea, que por coincidência passou a jogar maravilhosamente bem com a chegada de Guus Hiddink, Felipão ficou sem emprego.

Não por muito tempo, pois hoje foi anunciado o novo clube de Scolari, o Bunyodkor, do Uzbequistão. Esse é o time onde, atualmente, joga Rivaldo e, ano passado, do treinador Zico.

Rivaldo está em final de carreira e está ganhando dinheiro (apesar de não ter ganhado pouco por onde passou antes). Zico arrumou um time perto - quer dizer, mais perto que o Japão - da Europa. Tanto que em seguida foi para o CSKA e vai chegando cada vez mais perto e, mais importante, mostrando que é um técnico competente.

Já Felipão não precisa provar nada, já que é bicampeão da Libertadores, campeão da Copa do Mundo, levou Portugal a uma final de Euro e uma semifinal de Copa. O que aconteceu na Inglaterra, definitivamente não foi parâmetro. Dinheiro também não é problema, pois para sair do Chelsea, ganhou uma bolada de recisão contratual.

Com certeza algum clube em Portugal, Itália ou Espanha teria muita sorte em contar com Scolari. Nesses países, a tal barreira da língua não seria exatamente um problema. Nem que esses clubes não fossem exatamente de ponta, em uma temporada de bons serviços abririam outras portas. Enfim, Felipão perdeu um pouco de sua credibilidade aceitando um emprego de qualidade duvidosa.

segunda-feira, junho 08, 2009

Grand Slam

Ontem, no final da manhã (fim de tarde parisiense), Roger Federer venceu o sueco Robin Soderling, carrasco de Rafael Nadal, e conquistou o último dos quatro mais importante títulos do tênis que lhe faltava, Roland Garros. Tornou-se, assim, o sexto homem a chegar à façanha.

De quebra, chegou a 14 títulos de Grand Slam na carreira, empatando com Pete Sampras na condição de maior vencedor desta categoria de torneio. Provavelmente vai ganhar mais algum, fato. Vai ultrapassar Sampras (que nunca venceu o Grand Slam do saibro). Vai, inevitavelmente, ser coroado como melhor tenista de todos os tempos.

Não que eu seja exatamente fã de Federer (um pouco pelo contrário), mas eu tenho um certo egoísmo de querer ser testemunha da história. Era muito novo quando Sampras fez história, não lembro de quando aconteceu. Após o próximo Grand Slam que Federer vencer eu vou poder (lá pra 2040) contar para que quando eu tinhas uns 20 e tantos anos eu vi o tenista que é o maior de todos os tempos (quem sabe nao vejo o segundo), não esses manés que jogam atualmente.

sábado, junho 06, 2009

A violência das torcidas

Quarta-feira teve jogo entre Corinthians e Vasco pela semifinal da Copa do Brasil, em São Paulo. O jogo foi 0 a 0 e o Corinthians se classificou (pelo critério de gols fora de casa, o primeiro jogo foi 1 a 1), tomando sufoco do Vasco. Em Curitiba o Coxa venceu por 1 a 0, insuficiente para superar os 3 a 1 impostos pelo Internacional em Porto Alegre. A final será nos dias 17/06 e 01/07 em São Paulo e em Porto Alegre, respectivamente. Todas as minhas fichas no Inter.

Futebol à parte, dois pontos de São Paulo voltaram a virar campo de batalha naquele dia. A versão inicial de que a torcida do Vasco teria começado a briga foi contestada por um delegado (que não vou lembrar o nome) que investiga o caso: "Era para ser uma tocaia, o ônibus com corintianos estava parado parecendo vazio. Quando os vascaínos passaram foram atacados. Acabou dando errado porque os corintianos estavam em menor número", afirmou em entrevista à rádio CBN.

A pancadaria correu solta na Marginal Tietê e, depois que a torcida do Vasco entrou no estádio, com 30 minutos de jogo, os corintianos incendiaram um dos ônibus que trouxeram vascaínos do Rio de Janeiro, em plena Avenida Pacaembu. Difícil entender a necessidade disso tudo. Lamentável.

segunda-feira, junho 01, 2009

Resumão #001

Na mesma quarta-feira, 27 de maio, em que o Barcelona conquistou a Champions League, teve Libertadores e Copa do Brasil:

  • O São Paulo foi a Belo Horizonte para a primeira partida das quartas-de-final contra o Cruzeiro. O empate com bom futebol diante do Palmeiras no fim-de-semana havia melhorado os ânimos. A derrota por 2 x 1 não foi desastrosa, mas o time voltou a não se encontrar em campo. Borges reclamou por ficar no banco. Explicações a seguir;
  • O Grêmio foi a Caracas e voltou com empate em 1 x 1, o que não deixou de ser surpreendente, uma vez que todos esperavam por mais uma barbada;
  • Vasco e Corinthians empataram por 1 x 1 no Rio, deixando a vantagem para o Corinthians decidir em casa podendo empatar em 0 x 0. Depois de sair atrás do Coritiba, o Internacional virou para 3 x 1 e vai para Curitiba podendo perder por 1 x 0. Todas as esperanças depositadas no Colorado para a final;

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Quinta-feira teve mais Libertadores, com empate por 1 x 1 entre Palmeiras e Nacional. Luxemburgo esperava o Nacional partindo para cima e armou uma retranca, mudou o time aos 28 minutos do primeiro tempo mas não adiantou muita coisa. O técnico Palmeirense saiu esbravejando contra a torcida, que reeditou o apitaço. Tá ficando gagá.

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Roland Garros, segundo Grand Slam do tênis no ano, está rolando solto. Assim como a zebra que ronda as quadras de Paris. Novak Djokovic, que sempre vai bem, já saiu. Ana Ivanovic, campeã do ano passado, também saiu. E o mais impressionante, o tetracampeão Rafael Nadal, que nunca havia perdido em Roland Garros, também saiu. Andy Murray, tenista em ascenção, pode ganhar seu primeiro Grand Slam. Roger Federer tem a maior chance de vencer pela primeira vez o torneio disputado no saibro. Ambos agradecem.

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Los Angeles Lakers confirmou o favoritismo contra o Denver Nuggets. Orlando Magic supera o favoritismo do Cleveland Cavaliers. Final sem duelo Varejão x Nenê, sem duelo Kobe Bryant x Lebron James. Vai ter no máximo Kobe x Dwight Howard.

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Domingo, o segundo jogo do "playoff" entre São Paulo e Cruzeiro, dessa vez pelo Brasileiro. Borges foi titular, marcou e teve outras boas chances. Marlos estreou com tudo. Washington fez seu 100º gol em Brasileiros na raça. Dagoberto entrou no segundo tempo e também marcou. Ou seja, por que não jogou assim quarta-feira. Quero ver no dia 17.

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As cidades que vão sediar jogos da Copa do Mundo de 2014 foram anunciadas ontem, em Nassau, nas Bahamas; a lista havia vazado sexta. As cidades são Belo Horizonte, Brasília, Cuiabá, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Salvador, Rio de Janeiro e São Paulo. Ficaram de fora Belém, Campo Grande, Florianópolis, Goiânia e Rio Branco. Algumas coisas a se considerar, do sul para o norte, não em ordem alfabética:

  • Porto Alegre e Curitiba (barbadas) dentro, Florianópolis fora: assim como a Folha havia comentado, um projeto mais coerente, com uso posterior do estádio e investidores, ficou de fora;
  • As três candidatas do Sudeste, São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, também barbadas, se confirmaram. Não dava para deixa-las de fora, devido à importância econômica e representatividade no futebol;
  • Brasília não tem tanta representatividade no futebol, mas é a capital do país, não poderia ficar de fora. Goiânia, da mesma situação de Florianópolis (e com futebol bem mais representativo), ficou de fora. Havia uma disputa entre Cuiabá e Campo Grande pela "sede Pantanal" da Copa. Cuiabá venceu e provocou a rival, aflorando bairrismos idiotas. Na realidade, nenhuma das duas deveriam ser sede, o Verdão fatalmente será abandonado depois;
  • Todas as candidatas nordestinas foram confirmadas. A maior dúvida era Natal, que ganhou por ser a sede mais próxima da Europa (grande coisa). Em Natal será construído um dos estádios inúteis após a Copa;
  • No norte, Rio Branco ficou de fora justamente, Belém é discutível. O Mangueirão era um estádio mais pronto. O Vivaldão tende a ser mais uma obra sem utilidade posterior.

quinta-feira, maio 28, 2009

Contra as previsões

Antes do jogo, todos os palpites sobre a final da Champions League eram mais ou menos assim: "Eu prefiro que o Barcelona ganhe, mas o Manchester United está melhor e vai ganhar". E por 10 minutos pareceu que ia ser assim mesmo.

Primeiro ataque, passe de Iniesta, gol de Eto'o. E aí o United desmoronou. Não fez mais nada. Cristiano Ronaldo não fez mais nada além de bater em Puyol. Não que o Barcelona teve dezenas de chances de gol, mas não teve problemas para segurar o Manchester.

No segundo tempo o cenário continuou mais ou menos igual, mesmo depois de substituições de Alex Fergusson. O United virou um time cheio de atacantes inofensivos com Rooney, Tevez e Berbatov. Enquanto isso, o Barcelona de Josep Guardiola continuava organizado.

Tanto que Xavi conseguiu, em uma grande jogada, colocar a bola na cabeça de... Messi, 1m69.

2 x 0 fora o baile.

quarta-feira, maio 27, 2009

A punição de Ronaldo

Ronaldo foi julgado e punido ontem, no STJD, por um lance no jogo contra o Botafogo. A infração, puxar o cabelo de Fahel, seu marcador individual. A defesa, uma reação ao antijogo do botafoguense. O veredito, suspensão por um mísero jogo. Que Ronaldo não ia participar de qualquer jeito para se recuperar de uma contusão.

O que mais me impressiona é a reação de toda a imprensa esportiva, achando que a pena foi injusta. Ninguém achou que puxar o cabelo do adversário foi atitude passível de punição. O lance é comparado aos constantes puxões de camisa que acontecem durante o jogo.

Peraí, né? Puxar camisa é errado, se o árbitro vê marca falta e dependendo de como for aplica cartão, mas o uniforme faz parte do jogo, por isso ninguém que eu me lembre foi punido pelo tribunal. O cabelo do adversário não faz parte do jogo, é agressão. A maneira como Ronaldo fez não foi assim grave, acho que a punição foi exemplar.

O puxa-saquismo com Ronaldo beira o fanatismo. Logo em sua chegada alguns comentaristas ficaram indignados quando o zagueiro Rodrigo, do São Paulo, reclamou que Ronaldo era protegido pelos árbitros. Disseram que Ronaldo merecia mais ser protegido que Rodrigo. Ninguém tem que ser protegido, todos tem que ser punidos. Ronaldo é um ótimo jogador, mas não é deus (assim mesmo, com minúscula).

terça-feira, maio 26, 2009

Nosso novo goleiro

Rogério Ceni é um dos maiores ídolos do São Paulo em todos os tempos, já entrou para a história do clube. Tenho certeza que todos os torcedores são eternamente gratos pelos títulos, pelas grandes defesas, pelos gols.

Desde que assumiu a titularidade do São Paulo, Rogério nunca sofreu pressão por um bom reserva se destacar. Rogério não dava chance, não se machucava, jogava sempre. Durante esse tempo teve dois reservas cativos, Roger e Bosco, por vários anos. Talvez por isso, outros jovens não apareceram (exceto Weverson, que era apontado como sucessor de Rogério, mas que morreu em um acidente de carro há quase três anos).

Mas no começo deste ano (e do ano passado) falhou como não costumava. Para mim, era necessário encontrar um substituto. No decorrer do ano, se redimiu. Este ano permitiu que seus reservas tivessem mais oportunidades. Bosco jogou e não comprometeu, mas também não é o cara que vai barrar Rogério.

Denis teve sua primeira chance no começo do ano, quando substitiu Rogério na partida contra a Portuguesa e jogou bem. Agora, com dois colegas machucados, teve mais uma chance. Um clássico contra o Palmeiras. Jogou bem novamente, impediu gol claro em pelo menos três oportunidades.

Rogério pode não parar agora, mas não deve demorar tanto assim. Denis estará lá para assumir a camisa 1.

domingo, maio 24, 2009

A nova UEFA Europa League

A UEFA Cup mudou de nome e formato. Agora chama UEFA Europa League - assim mesmo, misturando línguas diferentes no mesmo nome e com uma certa dose de pleonasmo - e se parece mais com a... UEFA Champions League.

Já comentei aqui como a UEFA é mais competente para organizar campeonatos do que a Conmebol, mas nunca é demais ressaltar isso de novo.

A edição da UEFA Cup que acabou na última quarta-feira teve a participação de 134 clubes. A edição 2009/10 (pelas minhas contas, que podem estar erradas) terá 185. Novamente, quem for mal na Champions League terá chances na "série B" europeia.

São quatro fases eliminatórias, com os clubes dos países com pior classificação no ranking da UEFA começando primeiro. Clubes da Inglaterra, Espanha, Itália, França, Alemanha e Rússia só entram na terceira fase. Clubes eliminados na UCL entram na Europa League na quarta fase e na fase de grupos.

Na fase de grupos está a principal mudança. Como diz a própria UEFA, agora há uma fase de grupos "de verdade". Explica-se: até esta temporada a fase de grupos tinha 40 times divididos em oito grupos de cinco, com jogos apenas de ida, apertados em quatro datas. Agora serão 48 clubes divididos em 12 grupos de quatro, com seis datas para jogos de ida e volta.

Depois disso, o formato continua o mesmo, com 32 times (os dois primeiros de cada grupo e os oito melhores terceiros) avançando para o mata-mata que vai culminar na final em partida única e campo neutro. Que já tem até data e local marcados, dia 12 de maio de 2010, em Hamburgo.

Óbvio que esse formato não será permanente, a UEFA mudava a UEFA Cup todos os anos. É algo que pode complicar a vida de quem acompanha o campeonato, mas isso não é lá tão importante porque a fase de grupos ainda estarão lá, suficientemente simples de entender.

Enquanto isso a Conmebol fica complicando a vida incluindo clubes mexicanos por motivos comerciais e não é competente para lidar com situações como a da gripe suína. É incapaz de perceber que organizar suas duas competições ao mesmo tempo ao longo do ano inteiro ajudaria a dar mais importância à Copa Sul-Americana, praticamente ignorada atualmente. Também não tem o mínimo interesse e capacidade de entrar em acordo com a Concacaf e criar uma única confederação americana de futebol, o que tornaria as competições mais interessantes com, por exemplo, a participação de times dos Estados Unidos.

sábado, maio 23, 2009

Wolfsburg é campeão alemão

O azarão Wolfsburg bateu o Werder Bremen por 5 a 1 e consquistou pela primeira vez o campeonato da Alemanha. Não é um time cheio de estrelas, mas que, com um grupo coeso, superou elencos mais ricos como de Bayern de Munique, Stuttgart (segundo e terceiro colocados) e o próprio Werder Bremen.

Eu nunca fui muito fã da Bundesliga, principalmente porque os times alemães não são muito bem sucedidos em competições continentais. Além disso, o Bayern de Munique geralmente deixa o campeonato muito chato, abrindo larga vantagem e deixando a disputa reduzida a ver quem chega nas ligas européias.

Este ano, em compensação, foi o contrário. Internazionale, Barcelona e Manchester United não deram muita chance para os adversários. Já na Alemanha, houve uma alternância de líderes. O primeiro turno foi vencido pelo desconhecido Hoffenheim, por exemplo.

Um indicativo do equilíbrio, foi a chegada de quatro times à última rodada com chances de ser campeões. Wolfsburg na frente jogando em casa pelo título. Bayern e Stuttgart, dois pontos atrás, se enfrentariam em Munique para continuar com chances de ser campeões, se o Wolfsburg perdesse em casa (fato inexistente na campanha de 16 vitórias e um empate). Ainda tinha o Herta Berlim, que estava três pontos atrás e, matematicamente, ainda tinha chance de vencer também (caso tirasse uma desvantagem de 24 gols de saldo).

Três brasileiros no elenco, o zagueiro Caiubi, o volante e capitão Josué e o atacante Grafite. Este último, foi goleador do campeonato, com 28 tentos (dois marcados na última partida). O anão Dunga, no entanto, preferiu chamar Robinho. São características diferentes, mas foi o atacante que menos fez jus à convocação, comparado a Alexandre Pato, Luís Fabiano e Nilmar.

Tanto equilíbrio garante emoção até o final, mas também indica que não há um time que destoa e pode chegar entre os primeiros da Europa. O Bayern, por exemplo, tirou o Sporting de Portugal com um placar agregado de 12 x 1 nas oitavas da Champions League. Na fase seguinte, saiu perdendo de 5 a 1 do Barcelona.

Tantas possibilidades chamaram minha atenção para o campeonato alemão, mas os times ainda precisam ser mais competitivos fora de suas fronteiras.

sexta-feira, maio 22, 2009

Meia Boca

O Boca Juniors conseguiu ontem a proeza de ser eliminado da Libertadores da América. Isso porque é um time melhor que o Defensor. Isso porque tinha conseguido um ótimo empate em 2 a 2 fora de casa (ou seja, podia empatar em 0 a 0 e 1 a 1 que se classificaria). Para arrematar, jogava em casa, em La Bombonera. Placar final, Defensor 1 a 0.

Mesmo que em má fase, Boca Juniors é pedra no sapato de qualquer time. O conterrâneo Estudiantes, próximo adversário do Defensor, agradece. Os outros seis times também.

Agora vamos à parte lúdica da coisa. O melhor do futebol é ver o São Paulo ganhar. Logo em seguida, o Corinthians perder. No terceiro nível está o Boca, lado a lado com o Manchester United. Num quarto patamar, as seleções da Argentina e da França, mas como eu não ando me importando com a Selecinha, dane-se.

Como é bom ver o Boca perder! Valeu, Defensor!

PS.: desculpa o trocadilho lugar-comum no título.

quinta-feira, maio 21, 2009

Convocação da Selecinha

O anão da Branca de Neve e técnico da CBF Dunga convocou o time que disputará duas partidas das Eliminatórias da Copa do Mundo - contra Uruguai e Paraguai - e a Copa das Confederações.

O time até que é bom, mas o mais legal foi a convocação de Ramires, do Cruzeiro. Assim, o jogador deve perder, pelo menos, o segundo jogo contra o São Paulo, pelas quartas-de-final da Libertadores da América, além de possivelmente a primeira partida do "playoff", pelo Brasileiro, na quarta rodada. Já os dois jogadores convocáveis do tricolor ficaram de fora da lista. O zagueiro Miranda é (no momento) o único do time que não está machucado. O meia Henanes, mesmo em má fase, é bom que fique também. Em momentos de crise qualquer ajuda é bem vinda.

Os outros jogadores que atuam em times brasileiros são André Santos do Corinthians, Kléber e Nilmar do Internacional e Victor do Grêmio. Colorados e corintianos devem perder semifinais da Copa do Brasil. Assim como o Cruzeiro, o Grêmio perde seu goleiro para as quartas-de-final e semifinais da Libertadores (o Cruzeiro, no caso, não perde a semi porque vai ficar pelo caminho).

Entre os goleiros, talvez eu não confie tanto no Gomes. Também não gosto muito do Maicon, principalmente nas atuações na seleção. Os zagueiros são incontestáveis, apesar de haver outras boas opções. Gilberto Silva vem mal há muito tempo (ninguém é dispensado na Inglaterra e contratado na Grécia à toa) e não acho Felipe Melo grande coisa. Josué, atualmente, não faz falta nem diferença. A convocação constante de Elano não se justifica. Assim como seu companheiro de Manchester City, Robinho.

Talvez ter deixado Grafite de fora seja injusto. Assim como indicar outros jogadores de times nacionais para as posições que fiz ressalvas prejudicaria ainda mais esses clubes.

Ah, a lista:

Goleiros: Julio Cesar (Inter de Milão-ITA), Gomes (Tottenham-ING), Víctor (Grêmio)

Laterais: Maicon (Inter de Milão-ITA), Daniel Alves (Barcelona-ESP), Kléber (Internacional), André Santos (Corinthians)

Zagueiros: Lúcio (Bayern de Munique-ALE), Juan (Roma-ITA), Luisão (Sporting-POR), Alex (Chelsea-ING)

Volantes: Gilberto Silva (Panathinaikos-GRE), Josué (Wolsfburg-ALE), Felipe Melo (Fiorentina-ITA), Anderson (Manchester United-ING)

Meias: Kaká (Milan-ITA), Ramires (Cruzeiro), Elano (Manchester City-ING), Júlio Baptista (Roma-ITA)

Atacantes: Robinho (Manchester City-ING), Luís Fabiano (Sevilla-ESP), Alexandre Pato (Milan-ITA), Nilmar (Internacional)