terça-feira, julho 27, 2004

Talvez não esteja tão longe

Fui surpreendido por duas vezes e parece que eu não estou tão enganado quanto as minhas opiniões em relação à nova organização dos campeonatos continentais. Na verdade fui surpreendido duas vezes na mesma notícia, que até pareciam duas.
A notícia da Reuters, que li no site da Copa do Mundo/ Yahoo! afirmava que a Austrália, em carta ao presidente da Conmebol, Nicolas Leoz, havia pedido uma das vagas para a próxima Copa América, que será disputada em 2007, na Venezuela.
O chefe-executivo (isso mesmo, não é um presidente) da Associação Australiana de Futebol, John O’Neill, afirmou que não havia feito o pedido e que, se alguma carta foi enviada, não foi com o consentimento da entidade.
Além disso, O’Neill esteve na China, onde assistiu a partida de abertura da Copa da Ásia. Afirmou que faz muito mais sentido se aproximar dos vizinhos mais próximos do que da América do Sul.
Leoz, por sua vez, não acenou com resposta alguma, positiva ou negativa. Afirmou sim, que pretende aumentar a Copa América, talvez um torneio único com a Concacaf. Em contrapartida, acha difícil conciliar 40 seleções de uma confederação com as dez da outra.
O negócio é que todo dirigente das bandas daqui parecem ter a mesma cabecinha. Leoz acha que seria necessário um torneio classificatório entre as seleções do Caribe. Por que não todos no mesmo balde?
Cara, só penso nisso, acho que estou ficando bitolado.

Quem faltava na festa

Acabo de encontrar a maior das aberrações entre campeonatos continentais. Acreditem ou não, a Copa das Nações Africanas acontece de dois em dois anos. Este ano já aconteceu, entre 24 de janeiro e 14 de fevereiro, foi na Tunísia, os donos da casa venceram.
O mais impressionante: tem até torneio classificatório para as finais do campeonato. Sempre disputada em anos ímpares, quando a Copa das Nações coincide com a Copa do Mundo, o torneio classificatório serve para as duas competições.
Estranho mas fácil de consertar, basta eliminar a edição que acontece no ano da Copa do Mundo.

segunda-feira, julho 26, 2004

Mais idéias absurdas

Mais uma idéia em relação à organização – melhor, reestruturação – do futebol mundial. Uma vez escrevi aqui que campeonatos continentais como a Copa América vem perdendo o interesse das seleções e dei algumas sugestões que eu não estarei vivo para ver funcionando.
Na verdade era uma cópia do sistema utilizado na Europa, onde acaba a Copa do Mundo e começam as eliminatórias da Eurocopa. Acaba a Eurocopa e começam as eliminatórias da Copa do Mundo. Por isso, o torneio europeu não perde o interesse. A Ásia já faz isso.
Duas confederações continentais sofrem mais com esse problema. A Oceania não tem seleções de expressão e sua Copa das Nações vale como eliminatória da Copa do Mundo e também a Copa das Confederações. A América do Sul tem duas das principais seleções do mundo, mas uma confederação com apenas dez países.
Unificação é a sugestão. Oceania se junta à Ásia. Conmebol (América do Sul) à Concacaf (América do Norte, Central e Caribe). Depois disso, é só seguir o calendário europeu, não necessariamente a parte em que o ano do futebol vai de agosto a maio, só o biênio Copa do Mundo/ campeonato continental.
Provavelmente os campeonatos já seriam mais interessantes só por isso, mas dá para ficar ainda melhor. A Copa das Confederações é considerada mais uma aberração do calendário da Fifa, um torneio que não vale nada e atrapalha os clubes.
Hoje, disputam o campeonato os seis campeões continentais, o campeão da Copa do Mundo e o país-sede. No mundo ideal a disputa encolheria, para apenas os quatro campeões continentais. Não haveria país sede e o quadrangular em turno e returno valeria uma vaga para a Copa do Mundo.
Cara, eu deveria ser presidente da Fifa.

domingo, julho 25, 2004

Copa América – Brasil 2 x 2 Argentina (pênaltis 4 x 2) – final

Foi um jogo difícil, como todos esperavam. No mesmo sentido de Brasil e Uruguai, esse foi o melhor jogo da Copa América.
A Argentina começou melhor no jogo, como o Uruguai, mas não deu o mesmo sufoco inicial no Brasil. A seleção brasileira, por sua vez, também criava oportunidades. Então aos 20 minutos, em uma das batidas de cabeça da defesa brasileira Luisão derrubou Lucho Gonzalez na área. Kily Gonzalez bateu e marcou.
O Brasil reagiu mas não muito. No último lance do primeiro tempo o Brasil empatou. Alex cobrou falta da esquerda e Luisão marcou de cabeça para se redimir.
O segundo tempo foi morno, com a Argentina dominando a bola a maior parte do tempo, mas criando poucas oportunidades como o Brasil.
Aos 42 minutos, os argentinos marcaram após erro de Renato, com Delgado. O título parecia perdido, os argentinos tentavam parar o jogo a todo o momento e até mesmo comemoravam por antecipação.
Então, novamente no último minuto, Diego lança da intermediária, Luis Fabiano não consegue dominar e a bola sobra para Adriano e domina e chuta para o fundo do gol.
O jogo termina, há alguma confusão, a disputa atrasa.
Quando começa, D’Alessandro chuta e Julio César defende. Adriano marca. Heize chuta o segundo pênalti argentino para fora. Edu, que jogou mal a Copa América inteira, marcou. Kily Gonzalez repete o feito do tempo normal e marca. Diego também. Sorín marca. Juan marca o gol do título.
O Brasil teve muitas dificuldades durante o jogo. A principal delas foi não poder fazer alterações táticas, pois as três substituições foram em virtude de contusão. Primeiro, Diego no lugar de Kleberson, depois Felipe no lugar de Alex e por último Cris no lugar de Luisão. Na verdade, neste momento quem sairia era Juan, também sentindo contusão, e ainda antes a alteração seria Julio Baptista no lugar de Edu, cansado.
O caso de Luisão foi o mais preocupante, pois em disputa aérea com Ayala, tomou uma cabeçada perto da nuca e precisou ser atendido. Continuou em campo, mas tonto, e minutos depois saiu, de maca, direto para a ambulância do estádio. Segundo informou um dos repórteres da Globo, estava tudo bem com o zagueiro.

Copa América – Uruguai 2 x 1 Colômbia – disputa de terceiro lugar

Parece que a derrota para a Argentina, a perda da invencibilidade e da vaga na final abalou mesmo os jogadores da Colômbia. Pouca gente lembra, mas eles estavam defendendo o título do torneio. Na verdade não ouvi ninguém falar isso.

sexta-feira, julho 23, 2004

Por que Rivaldo foi para a Grécia?

Eu gostaria de saber quem o Rivaldo está tentando enganar dizendo que foi jogar na Grécia por causa do título europeu e da presença de Amoroso.
Acho que muitos se lembram do que aconteceu no começo do ano. Para quem não lembra, revival.
Rivaldo e São Paulo chegaram a conversar sobre uma possível transferência. Na época a contratação não foi possível porque o São Paulo não conseguiu fechar contrato de patrocínio com a Siemens Mobile.
Isso porque a LG não abriu mão da clausula de preferência na renovação de patrocínio, caso cobrisse outra oferta. Venceu na justiça a queda de braço com Marcelo Portugal Gouveia, que queria cortar os vínculos da diretoria anterior.
Dias depois do São Paulo perder a contratação do meia, Rivaldo acertou com o Cruzeiro, que havia fechado o partocínio com a Siemens. O negócio só não deu certo porque Vanderlei Luxemburgo saiu do comando do time.
Rivaldo passou meses sem jogar e com o início das contratações na Europa, fechou com o Olympiakos. E os motivos apresentados por Rivaldo para escolher o futebol grego foram aqueles do primeiro parágrafo.
Minha dúvida veio a o ver as imagens da apresentação do jogador em Atenas. Então o jogador aparece com a camisa listrada em vermelho e branco do time patrocinado por quem? Siemens Mobile. Fica a pergunta.

O talento e a competência

Está sendo disputada há seis dias, na China, a Copa da Ásia, torneio continental equivalente a Eurocopa ou a Copa América. As emissoras brasileiras estão cobrindo, mas com um certo ar de “e daí”.
Realmente, colocando na balança as 16 seleções que disputam a Copa da Ásia, as 12 da Copa América seriam melhores. Mas a organização do campeonato também conta. Provavelmente as seleções de lá estão levando a competição mais a sério.
A forma de disputa é igual a da Eurocopa, ou seja, mais difícil de se classificar para as quartas-de-final. Para chegar à Copa da Ásia, 14 seleções superaram outras 27. Duas seleções garantiram vaga automaticamente, a China por sediar e o Japão por ser o atual campeão.
Agora não vou relatar ou discutir resultados, mas a organização que citei ali no começo. A AFC (Federação Asiática de Futebol) já adotou todos os moldes da UEFA. Ainda não chegou ao nível de separar completamente as competições bienais, pois as eliminatórias para a Copa do Mundo já começaram na Ásia. Mas sem dúvida, está à frente da Conmebol.
Isso é visível nas competições interclubes da AFC. O calendário não funciona de agosto a maio, mas a Copa dos Campeões da Ásia começou em fevereiro e só termina em dezembro, diferente da Taça Libertadores da América, disputada apenas no primeiro semestre. Claro, para que todos os mesmos grandes times possam disputa a caça-níqueis Copa Sul-Americana.
Na Ásia também existe a Copa da AFC, disputada por times de menor expressão no continente. Nas mesmas datas da Copa dos Campeões. Não é inteligente isso? Não é assim que funciona na Europa?
Uma coisa é clara: a América, no que diz respeito ao futebol, tem o talento, mas não a competência nos “negócios”.

quinta-feira, julho 22, 2004

Copa América - Brasil 1 x 1 Uruguai (pênaltis 5 x 3)

E então veio o que muitos dizem ser o melhor jogo da Copa América. Realmente, é o que mais trouxe emoção, principalmente para brasileiros e uruguaios. Sim, passei nervoso com o time quando o jogo foi contra o Paraguai. Mais pela incompetência dos jogadores em reagir do que pelo placar em si, pois o jogo não valia muita coisa.
Mas Brasil e Uruguai era uma semifinal.
O sufoco que a seleção brasileira tomou nos primeiros quatro minutos do jogo foi uma coisa que não acontece sempre. O contra-ataque no quinto minuto também surpreendeu. Se tudo tivesse se transformado em gol, o jogo estaria uns três a um para o Uruguai.
Então o jogo se equilibrou um pouco e as chances diminuíram de lado a lado. Mas os uruguaios ainda eram melhores. Tanto que em uma falha da defesa, o atacante Dario Silva ficou sozinho, dentro da pequena área, com o gol aberto. Chutou no travessão. Entrou para a galeria dos gols mais feitos e perdidos de todos os tempos. Demorei a entender o que tinha acontecido naquele lance.
Minutos depois, aos 23 minutos, Juan fez uma falta. Fez a falta e saiu reclamando como se não tivesse feito. Talvez sabia o que estava por vir. Na cobrança, falha geral e gol de Sosa para o Uruguai. Parreira e Julio César pediram para a defesa sair em linha de impedimento. Não saiu. A cabeçada foi fraca, Julio César se adiantou, a bola bateu no chão e o encobriu.
Depois disso o equilíbrio foi ainda maior e a seleção teve duas boas chances para empatar ainda no primeiro tempo.
Quando o segundo tempo começou, parecia que uma outra seleção brasileira entrou em campo e logo no primeiro minuto Alex lançou Luis Fabiano, que chutou cruzado e Adriano completou para o gol.
Depois disso, Adriano, chutou cruzado da entrada da área e quase marcou o segundo. A partir daí a seleção continuou melhor que no primeiro tempo, mas não tão bem quanto nos primeiros minutos. Boas chances apareceram para os dois times, inclusive no último minutos quando Julio Baptista chutou na entrada da pequena área e o goleiro uruguaio salvou com os pés.
Pênaltis e todos marcavam nas três primeiras cobranças: Luisão, Luis Fabiano, Renato e Adriano. Na quarta cobrança uruguaia Julio César pegou. Alex marcou e definiu a partida.
Agora, a final é contra a Argentina, domingo ás 17h. Não sabia disso, mas uma coisa me deixou impressionado. Brasil e Argentina nunca se enfrentaram em uma final de Copa América. Uma competição que acontece desde 1917.
Provavelmente Brasil e Uruguai deixará de ser o melhor jogo da Copa América 2004.



Copa América - quartas-de-final e semifinais

A Copa América está muito chata. Tão chata que as quartas-de-final passaram batido pela cobertura do blog. Nenhuma novidade, nenhuma emoção. A Argentina vence o Peru, a Colômbia vence a Costa Rica, resultados completamente previsíveis. O Uruguai vence o Paraguai e surpreende, mas nem tanto. Brasil e México, que prometia ser o melhor jogo, acaba com uma goleada brasileira.
Tudo muito chato.
As semifinais pareciam ir pelo mesmo caminho, afinal, não é uma Colômbia embalada e invicta que pode segurar uma Argentina. Ainda bem que tinha, no meio disso tudo, Uruguai e Brasil.

segunda-feira, julho 19, 2004

Liga Mundial de Vôlei - fase final - dias 2 e 3

Das partidas semifinais da Liga Mundial uma parecia definida e a outra completamente imprevisível. A Itália venceu a Bulgária por três sets a zero, como podia se esperar. A outra partida era entre Brasil e Sérvia e Montenegro.
Há um ano as duas seleções protagonizaram um jogo eletrizante na final. O Brasil venceu por três sets a dois, sendo que o tie break terminou em 31 a 29 para o Brasil. Já no jogo de ontem o Brasil mandou um três a zero tranqüilo e foi à final contra a Itália.
No domingo os sérvios finalmente venceram uma partida, contra a Bulgária e ficaram com o terceiro lugar. O jogo da final deveria ser eletrizante. Os narradores da Globo não se cansavam de falar na coincidência que era o Brasil ter vencido a Itália dez anos antes para ser tetra campeão de futebol e agora para ser tetra campeão de vôlei.
O primeiro set foi difícil, 27 a 25. O segundo foi mais tranqüilo, 25 a 19. O terceiro, pra variar, perdemos, de 27 a 25, depois de ter conseguido virar uma desvantagem de cinco pontos. O quarto set foi o mais fácil, 25 a 17.
Agora é a Olimpíada.

sexta-feira, julho 16, 2004

Liga Mundial de Vôlei - fase final - dia 1

Começou há pouco a fase final da Liga Mundial de vôlei, na Itália. O que parece dar certo no Brasil dá errado em outros lugares. O Brasil deu exemplo ao mundo todo estruturando as confederações e criando condições para o surgimento de uma geração de atletas de alto nível como temos hoje.
Já a Federação Internacional de Vôlei resolveu criar um regulamento esdrúxulo para essa fase final. Hoje a Itália venceu a Sérvia e Montenegro por três sets a zero. O Brasil venceu a Bulgária por três sets a um. Vitórias que não serviram para muita coisa. Essa rodada foi apenas para decidir quem enfrenta quem amanhã na semifinal, que agora é pra valer.
Com esses resultados, o Brasil enfrenta Sérvia e Montenegro e a Itália a Bulgária. Os narradores e comentaristas do Sportv levantaram a hipótese de que a Sérvia teria facilitado o jogo na intenção de pegar o Brasil.
Esse episódio faz lembrar a última Copa do Mundo de vôlei, feminino, em que as seleções tinham o direito de – sabendo o placar de outros jogos – ceder a vitória, buscando adversários mais fáceis. Com isso a China “escolheu” o Brasil, que tinha uma equipe mais fraca que a atual.
O time sérvio parecia mesmo mole em quadra. Perdeu os dois primeiros sets deixando a Itália escapar logo no início. No terceiro pareceu que reagiria, mas a Itália conseguiu virar e vencer com tranqüilidade. Tranqüilidade suspeita, pois nas quatro partidas anteriores neste ano entre as duas seleções foram quatro vitórias sérvias.
O Brasil voltou a apresentar falhas e desconcentração. No segundo set venceu por 31 a 29 e perdeu o terceiro set. O ponta Anderson, que vinha jogando mal, foi substituído por André Nascimento no quarto set e a seleção brasileira entrou nos eixos.
Defendendo uma invencibilidade que vem desde a derrota para a Venezuela nas semifinais do Pan Americano no ano passado, o Brasil encarou o jogo contra a Bulgária como o primeiro grande teste do time. Na primeira fase Grécia, Portugal e Espanha não ofereceram resistência e o Brasil terminou invicto.
Manter-se sem derrotas pode ter dois efeitos distintos: ou o Brasil vai com moral para vencer a Sérvia e Montenegro ou o orgulho em manter-se imbatível fará com que o Brasil não chegue à final.



quinta-feira, julho 15, 2004

Copa América - dias 7, 8 e 9

O grupo A da Copa América terminou na segunda-feira e parecia que só classificaria os dois primeiros, Colômbia e Peru, que empataram em dois a dois. Neste jogo, o Peru, dono da casa saiu atrás por dois gols como na partida contra a Bolívia e teve que buscar o empate.
Na outra partida do grupo, Bolívia e Venezuela também empataram, por um a um, e eliminaram-se. Mas a combinação de resultados dos outros grupos, quase levou a Bolívia para as quartas-de-final ainda.
No grupo B foi o contrário. O México bateu o saco de pancadas Equador por dois a um e garantiu o primeiro lugar do grupo. A Argentina venceu de virada o Uruguai por quatro a dois e chegou em segundo. O Uruguai, mesmo com a derrota com certeza se classificaria como um dos melhores terceiros.
Nesta quarta-feira as surpresas vieram em dose dupla. No jogo entre Chile e Costa Rica, o empate que perdurava até os 47 minutos do segundo tempo eliminava os dois times e classificava, difícil de imaginar, a Bolívia. Até que Herron marcou o segundo da seleção caribenha, que se classificou.
O jogo entre Brasil e Paraguai, para falar a verdade, não teve tanta surpresa assim. Como sempre o Brasil vem jogando melhor um jogo decisivo que não exige uma vitória e então toma um gol. Depois não consegue se recuperar.
Como resultado o Brasil enfrenta o México na próxima fase, em Piura, cidade que fica aproximadamente dois mil quilômetros de Arequipa. Essa era uma das maiores preocupações, pois terminando esta fase como líder do grupo, o jogo seria em Tacna, a apenas 400 quilômetros.
Esse jogo, no entanto, será entre Paraguai e Uruguai. Os vencedores desses dois jogos se enfrentam em uma das semifinais. Esses jogos acontecem no domingo, ás 22h e 17h, respectivamente.
Do outro lado da chave, Peru e Argentina se enfrentam em Chiclayo, no sábado, às 19h. O fato de o Peru não vencer a chave, nem a Argentina fez com que o cruzamento de chaves criado pela Conmebol fosse por água abaixo. A intenção era que o Peru só enfrentasse Brasil ou Argentina em uma final. Em Trujillo, a Colômbia enfrenta a Costa Rica, também no sábado, às 21h45.

segunda-feira, julho 12, 2004

Copa América - dias 5 e 6

Emoção no grupo B da Copa América. A Argentina, favorita por ser uma das únicas seleções a levar o time completo para o Peru, perdeu por um a zero do México. O Uruguai venceu o Equador por dois a um. Isso deixa México e Uruguai na liderança do grupo com quatro pontos e a Argentina em terceira com três.
Grandes chances de classificação dos três times para a segunda fase. O máximo que o Equador conseguiria fazer é empatar com a Argentina em pontos, o que deixaria o México ou Uruguai no mínimo em segundo, caso a Argentina vença o Uruguai. No entanto, nenhum placar pode ser previsto.
Já o grupo C está mais definido, como o grupo A. O Brasil venceu a Costa Rica por quatro a um e já está classificado. Paraguai e Chile empataram em um a um, e por isso os chilenos ainda têm chances de passar o Brasil na classificação.
Não assisti qualquer jogo inteiro, a não ser além de Brasil e Costa Rica. Sobre os outros jogos, fica o destaque para o bonito uniforme número dois do Paraguai: camisas e meias azuis, calções brancos.
A goleada do Brasil não significa avanços muito grandes. A seleção sofreu pra atacar no primeiro tempo e se bobeia (um pouco mais) toma gol. O primeiro gol, no final do primeiro tempo foi quase um “acidente”.
No segundo tempo a Seleção despertou para golear um adversário que não oferecia muita resistência. Tanto que os três gols foram marcados em seqüência, em poucos minutos. Depois o time relaxou de novo e acabou levando um gol também.
Parreira deixou claro como ele quer o ataque. Luís Fabiano e Vagner não jogam juntos. Nem Adriano e Ricardo Oliveira. Kleberson parece que não agradou muito, tanto que foi substituído por Dudu Cearense. Diego entrou bem novamente, no entanto, no lugar de Edu e não de Dudu (faltou o Du para completar o trio). Vagner não brilhou nem comprometeu.

sábado, julho 10, 2004

Copa América - dia 4

A Copa América começa a tomar seus rumos. O primeiro deles foi a classificação antecipada da Colômbia após a vitória por um a zero (mais um) contra a Bolívia. Pelo menos a segunda posição no grupo os atuais campeões já garantiram.
Disputam o primeiro lugar do grupo com os anfitriões. O Peru venceu a Venezuela por três a um e chegou a quatro pontos. A derrota não eliminou a Venezuela, que pode chegar a três pontos e terminar em terceiro. No entanto, com quatro pontos a Bolívia tem mais chances de chegar à segunda fase.
Não assisti aos jogos, mas não houve nenhuma surpresa. A Bolívia havia criado problemas para o Peru e quase segurou a Colômbia. A Venezuela quase segurou a Colômbia, mas sucumbiu ao Peru.
A Venezuela se confirma como fogo-de-palha e a Bolívia como chove-não-molha. O Peru também é chove-não-molha, mas é dono da casa e tem moral. A Colômbia não joga bem, mas impõe respeito. Se esses times caírem nas quartas-de-final também não será surpresa.

sexta-feira, julho 09, 2004

Copa América - dia 3

Evidentemente a qualidade técnica dos jogos da Copa América é menor que a da Eurocopa. Dos seis jogos da primeira rodada: três 1 a 0, dois 2 a 2 e um 6 a 1. Os jogos de ontem então, nem se fala.
Paraguai e Costa Rica, Brasil e Chile, protagonizaram dois jogos idênticos. Sem emoção nenhuma, pouquíssimas bolas perigosas, goleiros sem trabalho, gols nos últimos minutos. O Paraguai marcou aos 88 minutos; o Brasil, aos 90 + 1.
Acho que dessa vez o Chile se sentiu perdendo como o Brasil se sentiu empatando no último jogo das eliminatórias, há pouco mais de um mês.
Dos jogos em si, não tem muito que analisar. Paraguai e Costa Rica só vi os lances dos intervalos dos outros canais. Brasil e Chile eu assisti inteiro e o único lance que fez me manifestar foi o do gol.
Talvez eu possa comentar a atuação de Parreira, que Galvão Bueno e Casagrande fizeram questão de elogiar. Sim, as alterações deram certo sim, mas não muito. O Brasil não aumentou a pressão tanto quanto as mudanças previam.
O certo seria manter o time que terminou o jogo, exceto por Maicon, pois o Mancini deve ter saído pra ser poupado. Diego deve permanecer, assim como Ricardo Oliveira, que se deu melhor com Luís Fabiano.
Se essa escalação jogar mais junto e pegar um entrosamento melhor, temos boas chances de passar pela Argentina, seja nas quartas-de-final ou na semifinal (até porque se não for a Argentina, será o México).

quinta-feira, julho 08, 2004

Copa América - dias 1 e 2

A esvaziada Copa América começou na terça-feira e está tudo correndo naturalmente. Até agora nenhuma grande surpresa.
A Colômbia venceu a Venezuela por 1 a 0, normal para um time que se mostra decadente como o colombiano e outro que ainda tem muito o que melhorar, mesmo que venha fazendo sua melhor campanha em eliminatórias da Copa do Mundo.
O Peru, que estaria um pouco mais forte por jogar em casa, mostrou que é um time como os outros: fraco. Saiu perdendo para a Bolívia por 2 a 0 e depois chegou ao empate. Nada mau, melhor que perder diante do estádio de Lima completamente lotado.
Ontem, outros dois jogos. Chega até a ser uma pequena surpresa o Uruguai arrancar um empate em 2 a 2 com o México, depois de sair ganhando e o México virar o placar.
Talvez a maior surpresa tenha acontecido no jogo seguinte, em que a Argentina venceu o semi-badalado Equador por sonoros 6 a 1. A seleção equatoriana, que vai bem nas eliminatórias (em quinto lugar, iria para a repescagem), conseguiu equilibrar (ou segurar) a partida no primeiro tempo e ir para o intervalo só por 1 a 0. No começo do segundo conseguiu o empate e depois só deu Argentina (ou Saviola, que marcou três).
A Argentina se deu bem no começo do chamado “grupo da morte”. Sendo que, na verdade, nenhum grupo é muito forte...

segunda-feira, julho 05, 2004

A nova ordem do futebol

Estava assistindo uma mesa-redonda no Sportv hoje, comentários sobre a final da Eurocopa. Parece que todo mundo tem uma simpatia por Portugal. Ou por Felipão. Todos falam indignados do esquema defesa-total empregado pela Grécia e pelo Once Caldas.
Luciano Dorim da Rádio Bandeirantes também colocou o Santo André no mesmo saco de gatos sem lembrar que este time fez partidas com seis ou oito gols (4 x 4 e 3 x 3 contra Palmeiras), ou então derrotas em casa e vitórias fora.
Um dos comentaristas do Sportv até reclamava que o futebol fica feio nesse esquema. Outro lembrou que o Uberlândia foi campeão brasileiro de basquete desse jeito. “Basquete tudo bem, futebol não”. Imagino que quando começaram a usar essa tática no basquete muita gente reclamou também. Por que seria diferente no futebol? Futsal é assim, ué...
A diferença é que futebol se joga num campo muito grande e há mais espaços abertos, mesmo com muitos atletas em cada time. Uma quadra de basquete é aproximadamente quatro vezes menor (ou mais) que um campo de futebol, mas tem só a metade dos atletas. Muito mais fácil retrancar e não ser furado.
No futebol de campo foi mais difícil um time conseguir isso. A Itália sempre foi taxada de retanqueira, mas também sempre teve bons atacantes: o ataque funcionava e a retranca nem sempre. Finalmente dois conseguiram. A Grécia com mais qualidade que o Once Caldas. A Grécia ataca mais e com mais perigo. Mas a retranca funciona bem nos dois times.
Abriu-se um precedente. Técnicos vão começar a tentar copiar esses times à exaustão até conseguir a mesma eficiência. Quem sabe um dia nos acostumamos. Talvez um dia o futebol seja como basquete ou handebol. Um só ataca, outro só defende. Quem ataca fica trocando passes na entrada da área, quem defende tenta bloquear. Vai ser muito chato.
O futebol tem esse diferencial, ser mais dinâmico. Acho que só uma medida radical pode conter o avanço dessa tática. Duvido que isso aconteça, mas a mudança da está mais próxima que nunca. Será que agora o futebol será jogado com apenas dez atletas em campo?

Eurocopa - Portugal 0 x 1 Grécia - final

Deu zebra de novo. Aliás, depois de tudo isso não é mais zebra não. Há de se reconhecer a competência da equipe grega. Extremamente dedicada no esquema tático defensivo, com lampejos bem-sucedidos no ataque, a Grécia conquistou a Eurocopa na casa do adversário da final, Portugal.
Não tem muito o que dizer, é só ler os posts dos jogos contra a República Tcheca e a França (no EmaEmaEma). A história é a mesma. O que muda é a postura dos times adversários. A França mereceu a derrota pela apatia. A República Tcheca merecia vencer. Portugal não merecia perder.
Todos os comentaristas insistem em dizer que a surpresa não é tão grande se formos olhar a campanha dos gregos na fase classificatória, em que mandaram a Espanha para a repescagem. Só não dava pra imaginar que chegariam tão longe. Times do mundo inteiro: lá vem a Grécia rumo ao campeonato mundial em 2006.

sexta-feira, julho 02, 2004

Taça Libertadores da América - Once Caldas 1 x 1 Boca Juniors (2 x 0 - pênaltis)

Não vi o jogo, não posso dar opinião muito grande, mas... O futebol feio venceu, aquele timinho do Once Caldas empatou com o Boca Juniors em 1 a 1 e venceu a disputa de pênaltis por 2 a zero. Hein? Dois a zero? Sim, o Boca bateu quatro pênaltis e perdeu todos. O Once bateu três e marcou dois. Até a disputa de pênaltis dessa final foi fraca. Lamentável.

Grécia 1 x 0 República Tcheca

Mais uma vez valeu a surpresa na Eurocopa. A Grécia venceu o melhor time da competição e se classificou para a final (FINAL!) da competição contra Portugal. O mesmo jogo que abriu o campeonato vai fechar. O Grupo A dominou Eurocopa. Aliás, das quartas-de-final para as semifinais já haviam ficado somente times do Grupo A e D.
A seleção tcheca dominou a partida, como a França, mas atacou melhor e teve chances mais claras. No entanto, a Grécia se segurou bem, contou com a sorte e levou o jogo para a prorrogação.
No último minuto do primeiro tempo da prorrogação (115 minutos + 1) a Grécia marcou o gol de prata com o zagueiro Dellas após cobrança de escanteio. A República Tcheca não teve nem tempo de dar a saída de bola. Pelo regulamento da competição, se um time estiver em vantagem no final do primeiro tempo da prorrogação é declarado vencedor.
A decepção era evidente no rosto dos jogadores tchecos. O mais decepcionado parecia o atacante Köhler, que quase dava cabeçadas na trave.

quinta-feira, julho 01, 2004

Grécia x República Tcheca

Começou. Vou torcer pela República Tcheca, como desde o início do torneio. Mas não vou ficar triste se a Grécia ganhar. Peguei simpatia depois da vitória contra a França. Tchau, vou assistir.

Flamengo 0 x 2 Santo André, parte 1

Ontem o Flamengo comprovou o quanto o time é incompetente. Qualquer time da primeira divisão tem a obrigação de vencer um da segunda. Mas o time carioca mostrou que merece estar na segunda no ano que vem também.
O rubro-negro veio a São Paulo e arrancou um empate em dois a dois com o Santo André no Palestra Itália. Conseguiu uma boa vantagem, empates por zero a zero ou um a um levariam o título para o Rio.
O Santo André entrou em campo com a tática de segurar o zero a zero no primeiro tempo e o Flamengo foi incapaz de fazer melhor que o time do ABC. No fim do primeiro tempo o Ramalhão tinha atingido seu primeiro objetivo.
O primeiro tempo foi ruim. Tão ruim que no intervalo da Globo só foram mostrados três lances. Na verdade nenhum dos dois goleiros fez defesa alguma.
No segundo tempo foi para o ataque como precisava, pois estava em desvantagem. Logo aos 52 minutos marcou o primeiro com Sandro Gaúcho de cabeça após cobrança de escanteio.
O Flamengo tentou reagir, mas não conseguiu. Chegou algumas vezes ao gol do Santo André, com pouco perigo. Enquanto o time do ABC se segurava, tentava alguns contra-ataques.
Em um deles, aos 69 minutos Elvis recebeu cruzamento de Osmar e chutou fraco. Julio César aceitou. O Flamengo voltou à carga, mas todos os ataques pararam na mão do outro Julio César. Fim de jogo, Santo André campeão da Copa do Brasil, classificado para a Libertadores da América e ainda mais motivado para recuperar os pontos perdidos no tapetão da Série B do Brasileiro.
O Flamengo vai ainda mais para o fundo do poço. Um time que só contava com dois jogadores um pouco melhores deve perder o meio-campo Felipe, negociado. Só o Julio César não pode salvar o time. Não duvido que o técnico Abel Braga caia ainda nesta madrugada.
Vide parte dois em Cada qual com seus probrema!.