Ronaldo foi julgado e punido ontem, no STJD, por um lance no jogo contra o Botafogo. A infração, puxar o cabelo de Fahel, seu marcador individual. A defesa, uma reação ao antijogo do botafoguense. O veredito, suspensão por um mísero jogo. Que Ronaldo não ia participar de qualquer jeito para se recuperar de uma contusão.
O que mais me impressiona é a reação de toda a imprensa esportiva, achando que a pena foi injusta. Ninguém achou que puxar o cabelo do adversário foi atitude passível de punição. O lance é comparado aos constantes puxões de camisa que acontecem durante o jogo.
Peraí, né? Puxar camisa é errado, se o árbitro vê marca falta e dependendo de como for aplica cartão, mas o uniforme faz parte do jogo, por isso ninguém que eu me lembre foi punido pelo tribunal. O cabelo do adversário não faz parte do jogo, é agressão. A maneira como Ronaldo fez não foi assim grave, acho que a punição foi exemplar.
O puxa-saquismo com Ronaldo beira o fanatismo. Logo em sua chegada alguns comentaristas ficaram indignados quando o zagueiro Rodrigo, do São Paulo, reclamou que Ronaldo era protegido pelos árbitros. Disseram que Ronaldo merecia mais ser protegido que Rodrigo. Ninguém tem que ser protegido, todos tem que ser punidos. Ronaldo é um ótimo jogador, mas não é deus (assim mesmo, com minúscula).
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